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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Na verdade o amor não PEDE tempo muito menos amor não PERDE tempo. Chega, fala, não sai e não sai mesmo. E não há quem o tire de seu território. E não há quem tire de mim o amor pela vida ou por qualquer outra coisa. Já ouvi trezentas vezes a história do: "Não posso dizer que não a amo, porque ela faz isso e espera ser correspondida." Ser feliz não é pensar que alguém ama você, é amar e fazer companhia apesar de, sem cobrar namoros, casamentos e beijos diários. Amar pode até ser amigo de longe, amor calado. Eu não canto, não desfilo, não faço discurso nem palestras pra 1000 pessoas. No máximo, sou importante para uma dúzia de pessoas. E isso não me faz triste, ao contrário... Essa uma dúzia me ama com verdade? Pronto, estou satisfeita. Olha, se eu fosse fazer uma leitura desses seus devaneios e suas dúvidas diria que seu carinho quase chega a ser amor. Mas não... não fique triste. Nós sabemos que QUASE não é, e nesse caso NÃO SER é fatal. E ali na frente tem uma fila enorme de pessoas incríveis loucas para te conhecer. Eu devo ter furado fila, para chegar antes... Viu só, nem deu tempo de me entender... Eu corri, sorri, fui embora. Você ficou sem entender, parado, achou que foi bom, mas depois disse que não sabia. Essa história que você já leu ou ouviu de que nós percebemos o quanto adoramos alguém quando essa pessoa se afasta é verdade (Comigo foi assim também, e provavelmente com seus filhos, netos, bisnetos, etc). Estou do outro lado do mundo e veja só... seu coração continua inteiro, saudável, feliz. Você é feliz e merece ser muito mais feliz, por que ainda está parado aqui? Vá contar piadas com os amigos, jogue-se no chão de tanto rir, tire esse medo terrível de me dizer adeus só porque não quer que eu chore. Oh, eu durmo e finjo não sentir, assim está melhor? Nós temos quatrocentos objetivos diferentes, gostos diferentes que nem nós sabemos que temos. Nós nos encontramos num dia tão forçado, de uma noite que nem era para ser nossa. Somos figurantes... não porque nos escolheram, mas porque eu não sei fazer histórias lindas e surpreendentes saírem do papel. Eu e a minha dificuldade enorme de transferir beleza das palavras para a vida. Eu já devia ter aberto os braços e ter te apertado forte, com o carinho e o amor (que é o suficiente) que tenho por você para dar "o último abraço". Que eu sei lá se foi o último do dia, da semana, do mês ou da vida. Quanta dramatização é nós sabemos bem como ocorre, não é? Nós nos esbarramos, você derruba meus livros, me ajuda a catá-los e oferece um café. Começamos a achar que amamos tudo aquilo e inventamos um amor por conveniência. No final você sai dizendo estar magoado, mas está apenas triste, ou culpado, ou inerte... por ter dito que me amava sem realmente sentir tudo aquilo. Você sabe que não fez por mal, e que, na verdade, quer meu bem. Mas esquece que levou meu bem, porque você se transformara no meu bem. Nós nos afastamos, eu lembro de você todos os dias. Mas como eu sempre digo, nem tudo na vida sai como o esperado, e assim levantamos a cabeça e vivemos nossos dias.

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