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segunda-feira, 13 de setembro de 2010


Nunca pensei em como terminaria esta história, mas até poderia agradecer por ter um fim. Afinal, viver a mesma história toda a vida pode ser cansativo. E passar por diferentes experiências me faz entendedora de certas atitudes. Que alívio, este romance nada romântico estava me dando nos nervos. Não sei por quê acordei tão cedo hoje e resolvi pensar em você, talvez não tenha o que fazer. Mas é fato que você está distante agora, e nessa estrada não há mão dupla, seguiremos sozinhos, para lugar nenhum. E quem sabe nos encontraremos no fim, só para dizer "não deixei com você a minha felicidade". Sempre defendi que um verdadeiro amor não tem fim, e talvez essa VERDADE toda só exista em livros e novelas. Porque até hoje não vi nenhum amor eterno. Estou sendo descrente, e mudo de opinião como quem troca de roupa, mas é o que eu estou sentindo agora. E essa angústia está me deixando cada vez mais preocupada, por viver num mundo de mentiras. Eu irei me ausentar, pois estando em outro mundo esquecerei do que vivi. Esquecerei? Jamais. Pois que a lembrança não seja acordada. Eu quero é uma nova lembrança. Passado não, essa palavra é muito feia, e o futuro é esquisito. Viver é o mais bonito. E que seja boa a vida, depois de tristezas e desilusões, e que tudo seja recompensado. Pois quero ser feliz, bem agora. E nada me impedirá mais. Esqueci meu coração em um lugar qualquer. E arrancarei as últimas páginas de todos os livros, só para começar uma nova história, sou incansável, e um livro longo demais me entedia.
Passos, Maysa Priscila. 22de dezembro de 2008.
agenda 2008.
'e com o tempo vamos vendo com tudo é na verdade.'
Conciliar o que se sente e o que se deseja que seja sentido. Brigar consigo mesmo, e esperar à janela que o príncipe chegue. E tomara que seja você. Venha assim mesmo, de bermuda suja e blusa amarrotada, pele suada, desengonçado... Eu não ligo, eu estou olhando em seus olhos, estou vendo nós dois. Eu vi você se aproximando pouco a pouco da janela, e quebrando a vidraça. Eu vi você tropeçando em um buraco e meu coração caindo abismo abaixo e quebrando em mil pedaços. Eu até tentei não fazer essa história desgraçada acontecer, ou não? Destino não foi, minhas atitudes tão infantis e você sempre tão paciente. Nunca entendi de verdade como é fazer o que você fez, você foi encantadoramente incrível. Você é o meu heroi. Consegue captar? Eu estou te amando mais que tudo, logo agora que você partiu... Você suportou e superou qualquer obstáculo e eu deitada no sofá. Você bateu e apanhou por mim, esperou "na chuva só pra me abraçar" e na primeira oportunidade dei as costas e disse que seria melhor assim. Eu não sei o que eu digo, melhor mesmo seria te ter quente no meu abraço e macio nos seus cabelos. Fechar os olhos e sorrir imaginando que você poderia ter sido meu? Ou chorar por pensar que nunca foi? Decididamente, eu não sei. Por que você não chega mais perto e diz que há um recomeço? Venha vagarosamente e sussurre que eu ainda estou na sua vida? Eu quero o seu coração, me entregue a chave...
Estou perdendo as esperanças, por que sei que no seu mundo não existo, e que cada segundo que acredito é um segundo de sofrimento. Que se perpetua, dura, eterniza. Você podia ser meu presente de aniversário, eu seria feliz, daqui para sempre. Mas não é assim. Preciso seguir, sem rumo, para algum lugar longe de você. Me desculpe? Eu te amo.
esse texto foi escrito por mim no dia 13-09-2007
estava escrito na minha agenda, pra alguém que não merecia e agora ela não significa absolutamente nada. E eu acreditei em mim mesma que poderia superar qualquer dor, que pudessem me calsar e poderia seguir em frente e aqui estou eu, muito feliz com quem é verdadeiramente necessário para mim.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010


Na verdade você está longe, mas eu entendo, te compreendo, precisamos dilacerar o coração primeiro, entregá-lo a alguém que irá machucá-lo e devolvê-lo com um rosto tão leve que o aceiteremos de volta, e não importa se demoraremos a outra metade da vida tentando juntar pedaço por pedaço para enfiá-lo no peito novamente, o entregaremos de novo mais cedo ou mais tarde, inocentes, o pegaremos nas mãos e deixaremos alguém o levar. Só muito tempo depois é que compreendemos o amor, só depois que o peito tiver sido aberto muitas vezes, de termos escritos muitas cartas e delas ter nos retornado sem respostas, de termos encontrado muita gente, depois que do coração só restar de feridas, aí estaremos prontos. Pois o amor virá depois que se anular a felicidade que julgamos. Deixamos o amor chegar quando estivermos em milhões de pedaços, para cuidar, para curar, para nos ajudar a construir. Ainda não sabe-se ao certo se a saudade é uma dor ou um rémedio é algo que ainda está além do imaginável. Mas a consequência que ocorre não é normal;