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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Será que foi o destino? Talvez.

Eu nunca estive tão perto da tristeza como naquela manhã. Mas até que foi calmo, eu te esperei todo o tempo e nada de você naquela praia linda. E olha que praias lindas não combinam com garotas como eu. Tentei não pensar em como seria se você já estivesse lá, e tentei viver aquele momento sem a sua presença. Nem foi tão difícil assim. Quando tem que terminar, nós nem percebemos e Puff, acabou. Foi assim conosco. Ontem eu te abraçava forte e dizia que te amava até o fim, e hoje você não vem. Ou vem. De que adianta chegar quando estou indo embora? Aquele foi o último abraço. E toda a minha tristeza retornou de uma só vez, me transformei num rio. Um rio que demorou demais a secar, por sinal. Você esteve tão presente em mim durante esse tempo, que é impossível esquecer a primeira vez que amamos alguém com toda a nossa verdade. E vai ser sempre assim. Mas dias terminam, e vai passar, mas ficará. Depois de sair da praia linda, a garota feia aqui caminhou até o ônibus. O que seria melhor que voltar para casa num dia em que nada dá certo e você percebe que Teve Fim Para Sempre? Pois entre, suba as escadas e sente sozinha naquela poltrona nada confortável, com aquele bando de pessoas falando, e solicitando paradas de Dois em Dois minutos. Nada melhor que olhar a paisagem pela janela. Espere, que conversa esquisita é essa? Bem ao lado, havia uns cinco meninos falando sobre qualquer coisa. Aquele papo entrava em minha mente e fazia sorrir. Que diabos de um menino mergulharia com vontade no raso e ficaria com uma cicatriz no nariz? Todos riam. Eu ri, eu ria também. Eu fui feliz. E foi no momento em que sorria, que eu te vi. Eu sei bem que não prestou atenção em mim, mas te vi todo o tempo.Você de pé, e eu querendo te convidar para sentar ao meu lado. Vem?... Esqueça, estou fazendo confusão, acabei de me decepcionar e acabo de ver alguém perfeito demais, engraçado demais, fofo demais para mim. Por que tudo acontece assim comigo? Pois virei-me e me mantive quieta o resto da viagem. Chega a hora de ir embora. É, foi isso. Nenhuma palavra, troca de nomes ou contatos. Simplesmente passamos em branco. Será? Isso nunca havia acontecido, mexeu comigo.
Cheguei em casa e não consegui pensar em nada além daquele sorriso lindo e daquelas besteiras que disse. Te procurei em qualquer lugar, não encontrei. Dois dias depois, três, quatro e nada. Um mês, 2, 3, 4, 5. Cinco meses, esse foi o tempo suficiente para eu não esquecer de você, mais uma vez. Não sei como, e não me pergunte, mas eu te encontrei. E obrigada por deixar eu te ver assim. Nunca esquecerei do dia em que nos vimos pela segunda vez, em que perguntou se eu acreditava em amor à primeira vista. Nós dois, na frente de uma linda cascata de água, de mãos dadas, girando. Como crianças apaixonadas. Você, mesmo que não seja permanente, apareceu na hora certa em minha vida. E eu espero que eu tenha muita história linda de amor para contar sobre nós. Você nem sonha, mas estou apaixonada por você. Já guardei em mim, será que foi o destino?

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