O quanto uma amizade pode ser verdadeira? E será que só de observar você pode descobrir? As risadas, as brincadeiras... é, tudo parece unido demais e todos parecem amigos quando você faz um passeio à rua por exemplo. Sempre aquelas rodinhas, as pessoas conversando. As amigas falando de alguém, os garotos olhando para as meninas que passam... Sabe o que é pior? Talvez eu esteja sendo desatualizada, e esse negócio de "amigo do peito" tenha acabado, mais sim uma coisa tornada banal. Os jovens são tão egoístas, às vezes, que quando querem sair, convidam logo uma companhia, talvez uma companhia qualquer, e não mais o melhor amigo.
Aonde foi parar as amizades verdadeiras? Em que as pessoas se preocupam de verdade com as outras, quando estão doentes...ligam, quando faltam à escola... buscam saber o motivo, quando algum parente morre... apoiam, quando está deprimido... põe forças.
Cadê toda aquela promessa de guardar segredos? As brincadeiras? As conversas de desabafo? onde esta tudo isso? Amigos não são mais amigos, são MEIOS para atingir um FIM. Os amigos, agora, só servem para você dizer para sua mãe "não vou sozinho mãe, fulano vai comigo". Isso é certo? E quando você precisar? Quando você estiver mal? Você acha que aquela pessoa vai estar lá? Não. E sabe que fica cada vez pior...se duas amigas dão as mãos : - Olha lá, duas lesbicas!. Se dois homens se abraçam: - ihh, são gays!
E quem acaba criando tudo isso, somos nós mesmos, com preconceito e principalmente o egocentrismo. A vontade urgente de querer viver o presente sem se preocupar se quando você precisar, terá alguém que te apoie e seque suas lágrimas nos faz agir assim. Mas não, não quero isso. Eu vejo isso, todo o tempo.
E nesse momento, eu sinto a maior falta do mundo de uma melhor amiga ou de um melhor amigo. Não que eu tenha feito isso que eu citei acima, nem pensar. Aqueles que eu tinha se afastaram, não por mim, mas pelas circunstâncias da vida. Parece mesmo que um melhor amigo é tão necessário como uma mãe, porque nós começamos a pensar: Com quem eu vou conversar? Quem eu vou ouvir?. E lá surge a pergunta: Quem consegue viver sem um amigo? Ninguém.
E eu espero mesmo, que todas essas rodinhas que eu vejo na rua, não por inveja, sejam amigas de verdade, espero verdadeiramente. E que nunca, nenhum daqueles faça mal ao outro. E que a falsidade passe longe de todos nós. Eu queria tanta coisa diferente, porque nem todo mundo é bom e quer o melhor do próximo.